quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

a janela da manhã a revelar a nudez do teu ventre.

[e o abotoar dourado do sol a intumescer os botões rosa aos teus seios]


terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

como se gaivota a percorrer o beijo do sol ao silêncio do entardecer
a estender-se na espuma do areal, bebo o (a)mar à nudez do teu olhar...

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

deslocou-se sobre a ondulação do mar,
como gaivota a voar para dentro do sol.
o sal da água a rasgar-lhe a pele,
e a maresia a inflamar-lhe o peito.

sábado, 25 de fevereiro de 2012


como o intenso dedilhar pele às cordas da guitarra,
rasga-me a incandescência da tua voz a carne do corpo.


quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

no aflorar raiz dos sentidos aos dedos
imprimo(te) a nudez do coração à pele
a ser(te) corpo e alma ao poema amor.


quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012


ao murmúrio do vento a percorrer os ramos nus das árvores
o desprender cristalino da gotícula de chuva sob o querer
escorrer(te) em carícia terna e morna à tez do rosto
e ser(te) beijo no leve e etéreo poiso à boca.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

os teus dedos e os meus dedos a abotoarem-se em flor e os nossos lábios a darem-se, como o fecundar do pólen...
 

domingo, 19 de fevereiro de 2012

e a água a vazar ao açude num manto cristalino
e o sol a estender-se ao leito do rio
e nós a bebermo-nos ao brilho líquido do amor...


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012


há feixes de luz a lamber a superfície brunida da janela do quarto
e eu imerso no beber da luz que ao teu rosto resplandece.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012



há a mansidão de um (a)mar a acariciar uma definida orla e a pele dos teus dedos a beijar-me as margens do corpo.

 

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

e a cidade amor a dar-se ao nós, no beijar da noite ao rutilar das estrelas no céu...
e o beber da água ao azul líquido dos teus olhos, no sentir o escorrer da essência (a)dentro...
e o sermos musgo a entranhar ao tronco da árvore, na entrega dos corpos em abraço...


como o caudal de um rio a percorrer os traços do seu álveo e a desaguar inteiro à foz,
preciso afluir todo em ti, no sermos completude ao pulsar dos corações em amor maior.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012


a fragrância do amor a ressoar aos poros da pele e o rutilar incandescente da paixão a escorrer-nos à intimidade dos olhares.


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012



como pássaro a poisar ao rebento da copa da árvore, desço no deslumbre da tua límpida voz e detenho-me ao azul dos teus olhos entre céu e mar e bebo-te e bebes-me a espraiarmo-nos no tempo.



terça-feira, 7 de fevereiro de 2012



ao adentrar dos olhares o dizer da língua única do sentir a acelerar no peito e os corpos a despirem-se a entregarem-se ao abandono total e pleno do amor no sermos um...


domingo, 5 de fevereiro de 2012

e a manhã a acontecer dentro de ti no nascer da alva luz ao teu sorriso, como se à união dos corpos se fizesse o ressoar do silêncio da oração maior...

sábado, 4 de fevereiro de 2012


ao sentir da batida ao peito levanta voo o tímido pássaro e embebido no líquido azul faz-se o (a)voar pleno ao deslumbrante acoplar das asas.


sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

 
o meu olhar a pousar em ti
suspenso no teu caminhar para mim.

esses longos cabelos pretos
o emergir do azul cristalino nos teus olhos
e um sorriso a desenhar-se em fios de luz
ao carmim dos teus lábios.

ah!, o fazer-se amor no encontro do nós.


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012


ao beijo fresco da chuva a ressonância leve dos passos a avançar no mesmo compasso
a escrever os desígnios do coração nas raízes a entranhar-se às mãos feitas abraço...